segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Frida

Frida


Bons filmes são sempre uma boa opção de programa.Quando o tempo parece invernar e a preguiça se aloja no nosso corpo tão inevitável quanto essa vontade de pipoca e de brigadeiro feito na panela,vê um bom filme é "tudo",na dúvida do que assistir pensei,pouco pois a preguiça já me dominava,por que então não rever?!e assim passei minha tarde fria com a FRIDA,tão pulsante quanto sua arte!Frida era antes de tudo romântica, no sentido mais agudo que a palavra possa trazer, tinha sempre esse sentimento e basta um olhar mais atento, um olhar de domingo de chuva, é a dor, a dor que passeia pelo filme que evidencia o quanto um amor de verdade é inexorável, e desedificante. Amor à arte e antes de tudo amor à vida, esse último só faz sentido com um amor na vida; grande fascínio que o filme exerce paira por essa grandeza de ser livre que FRIDA vive, sofre, sorri e chora; a vontade de vida, fome de sentimento, um banquete cheio de intensidade, acaba-se até acreditando no limite de viver como se fosse "agora" o que é amanhã, viver amanhã todo dia, há algo mais assustador que poder ser "FRIDA" medo e vontade o extremo das coisas, como Raul "faz o que tu queres pois é tudo da lei ",a vida é breve, mas nosso sonho não tem ponteiros, nunca soa, sempre voa no ilimitado; Penso às vezes tem que existir um lugar pra tanta abstração tão necessária à fuga da loucura! livros e quadros são insuficientes, a cidade deveria cobrir-se com tintas falantes, muros cobertos com poesias de um amor a nos falar de uma dor comum, que nunca é igual, é feita de diferença, a alma de FRIDA é ainda mais marcada que sua pele, as cores são o escape de seu amor tão pesado!
Hoje desejei uma gente mais gente, pra escrever em papel que tenha cheiro e aroma, memorizar Drummond em troca de um beijo morno com gosto de promessas.É uma pena que essa loucura de acreditar não ataque a todos, viver com mais vontade, desimportar com o amanhã!
Queria derramar a poesia dos livros na noite fria da cidade, dá palavra a quem tem solidão, fazer nascer imaginação, escrever história pra quem quer esquecer que tem uma ou, sei lá, pra lembrá-lo...
Mas, contudo, todavia, era a FRIDA o foco, bom filme é mesmo assim disperso, desprende de foco, joga a gente num poço de possibilidades de pensares e o que não vale é descartar esses pensares e acabar por não levar nada do filme! só é perdoável essa desatenção se no escuro do cinema, canto do quarto, sofá da sala ou algo assim, esteja fazendo história, amor, vontade...e coisa que não cabe pensares e tanto pensamento chega a exaustão a tentativa de qualquer entendimento,afinal como diz o "Fê "não há significado só existência"então é só ir nessa e existir nos mais diversos lugares...buscar razão é de enlouquecer qualquer criatura sã!Antes de tudo exista inteiro onde quer que vá, fique são, com existência apenas, pelado de razão ou entendimento

Um comentário:

  1. eu já bem antes já queria assistir esse filme..agora então..quero mais do que antes!!

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