domingo, 7 de julho de 2013

Espera,amor.

Quis meu coração, 
inútil, mofado
cheio de espinhos.
Eu fiquei com vergonha
E se não funcionasse mais?
Fez um laço no meu vestido 
Lavou a louça e sorriu
Não ouvia minha conversa com as margaridas 
que balançavam soltas na janela da cozinha.
Acreditava,eu sei, acreditava que meu desespero era amor,
Quando era espera.
O olhar perdido era só vontade de explosões
De mar na boca da noite
Um vislumbre ,uma graça entre um talher e uma alface
Entre seu jeans e minha saia
Esperávamos duendes pulando a janela trazendo flores,
Fazendo sol com as mãos,
Era o rito.
Era espera, amor.
Espera,amor.

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