segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Quase nove anos sem seus olhos querendo que eu chegue mais cedo. Seu olhar é a coisa mais terna que já encontrou o meu . Essa dor do seu olhar me desespera, me desespera. Meu plano de ficar perto não deu certo ainda, quantas lágrimas inesperadas foram separando a gente. Nem com muito esforço teríamos imaginado esse cenário todo. Esses muros de sal afastando a alegria. E hoje qualquer data cristã, que para a senhora representa a alegria (resignação) , é choro, lamento e solidão, e para mim, a exposição de minha impotência diante da violência do que “É”, a afirmação das coisas é sempre maior que a nossa vontade, mas como lhe dizer disso? A senhora que sempre plantou o amor e a bondade aos moldes cristãos, sem nunca questionar nossa falta de tudo,quando sonhar era pecado, porque era impossível ou difícil demais, e quando crescer era um fado, um fardo sem descanso ou mudança. Quando tive o olhar mais maciço , cru, orgânico, eu soube das correntes que o “amor “ prende no pulso, no passo. Essas correntes aqui nos meus tornozelos me cansando o corpo, me tingindo o dia de sangue. É impossível ficar indiferente às suas lágrimas, sua dor. HOJE, ser MÃE é a coisa que mais lhe dói o corpo, a calma, molham seus olhos de sertão...e me deixam triste, triste e impotente!!!
domingo, 1 de abril de 2012
“Desenlacemos as mãos” , você disse. O mundo mostra um ninho de amor em todos os corpos, um jeito de morrer em cada copo, um alívio em cada gole. A felicidade é coisa sem casa, é anômala , nômade, é pedaço de pão, cortina aberta, zíper aberto, pés descalços na cama, mãos calmas e quentes, café com palavras e carinhos, vidros colorindo o quarto, criança vendo a lua...A felicidade já foi seu corpo cheio de tesão, já foi sua raiva, já foi minha força no seu cabelo, já foi sua sombra, minha sobra. O mundo engole nossas vontades e cospe qualquer coisa parecida com alegria. Farsas e farpas por vezes machucam meu peito já forte pelo tempo. O Sereno me levou à descrença dos bares. Recusei. voltei a minha solidão de café, letra e Marisa. O mundo é mais que esse bloco de aço que desfila sem melodia. A substância é a hipótese líquida de ainda EXISTIR gole de vida, saliva de afeto, semente de girassol . O tempo é a possibilidade, é a porta. O tempo É O PARTO. Me parte em possibilidade de CARNE, de sangue, de GENTE dentro de casa, de poesia às 3h da madrugada, sob a lua cúmplice . A VIDA AINDA ANDA, INSISTE NUA, LOUCA E LINDA MEU CARINHO HESITANTE.