Os fantasmas invadiram meu domingo, eles são todos bonitos e sorridentes, já somos íntimos porque a visita é frequente, tomaram café comigo. Entre uma xícara e outra eu disse dos meus pesadelos de noite mal dormida, dos cálices que estilhaçaram-se no chão do meu inconsciente. Do meu atraso da hora da partida. O fantasma mais antigo me disse sua de Descartes e teorizou minha pergunta, um outro mais contemporâneo e talvez pragmático disse que o problema era a angústia: possibilidade. O fantasma que sentava na minha poltrona, me cravou uma peixeira no peito, era uma mulher: nua, fria e com lábios vermelhos. Sorria e me matava, eu sabia que ela não diria nada e assim me explicava melhor. Abri a janela, tomei mais uma xícara de café e ordenei que saíssem. Foram todos e me esperam na próxima angústia, a mulher deixou um cheiro de rosas e eu odeio rosas!
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