domingo, 25 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Sangue, foi sobretudo com muito sangue o pagamento do último amor.
Os dentes de ouro falso também pagaram o último pedágio para sua cama, só foi para sua calma, para minha ira. Quantos copos são precisos para eu fingir embriaguês e não dizer o que penso com o tom certo para o conteúdo léxico-lixo que elas me arrancam já sem par? Só os passos e a simulação da calma que insistem em “parecer”.
Não consigo fazer laço, o som é de corda, a tensão sem partitura é antes ruído do que melodia, a tensão não vibra: quebra. O desenho não explica: se desfaz. Eu morri antes mesmo de alcançar seus braços que oscilavam em outras cinturas e traços violentos como as palavras que eu nunca soube dizer, a sensibilidade de certa forma ofendia sua precisão selvagem e até estúpida. Você já me tirava algum sangue (de barata), algum barato de prazer .
“Olha você dobrando a esquina”. Já não vejo o vulto, mas o seu perfume insiste. Quantos corpos lavam minha memória suja? Quantos goles para engrossar o sangue ? Para aplicar a hipótese?