Os dias mais claros!
O outono me abraça, esses dias claros, tão
cheios de prazer. Meus passos calmos na direção da rotina. Os cafés , os olhares cansados nas padarias, meus livros cheios de rabiscos e
sujos de café, caneta azul no cabelo,
lápis com borracha na ponta. Escritos,
rabiscos, datas, músicas, tópicos, final de livro, capítulo denso de
história póspensadaantesdita, giz
sujando meu jeans , a lousa me pedindo traço, o espaço me pedindo som, eu
pedindo calma, com pressa de música na
madrugada, de transbordamento da linguagem em íngua. Cálculos e rótulos
tingindo a rotina, tangendo o lirismo do primeiro café, do rabisco de lápis.
Sinal, faixa, escada, seta, cinto, falta
olhar, horizonte, através da janela a lua morre,o sol nasce e giz de cera não
desenha mais tempo e espaço, laço e cama, sob o código do discurso falta amparo
crente para dizer de minha vontade, tudo
é cria, criação, riso largo. Afeto é um transbordamento da vontade em
abraço, corpo entregue ao abraço , o
outro, em sua posição de estranho, é hipótese de conflito.
A vida dança mais colorida, de
cachecol, os cafés são mais fortes no
outono e a saudade é um calmante pra esse arrepio desmedido que o outono me traz em
todas as manhãs, quase madrugadas, vendo a lua alta e nua. Refaço meus passos e
penso na vida como espaço de um eterno gozo, conflito-aflito ,vivo! O viver impera. O impulso é: o devir. A rota: o transbordamento. A
hipótese: o conflito. A ponte: o corpo e a sua possibilidade de imensidão.
a ponte: porra que palavra bonita! Dilma como você é bonita! Sua linda.
ResponderExcluirO que faço se sempre AMO TANTO seus escritos?
ResponderExcluirInspiram-me. Sempre.
Obrigada por tantos conflitos!
S