sábado, 3 de setembro de 2011

Sobre ser só

Quando beijamos, transamos, chupamos e mordemos alguém com cumplidade e tesão cheios de eternidaede, isso ,de fato, nos faz fatalmente fiéis?, eu não acredito em fidelidade, e isso não quer dizer que eu não acredite em amor..pra mim o amor é a única coisa que nos justifica. No entanto amor não precisa de rótulo, quando eu acreditei no amor, meus rótulos se desmancharam e eu achei lindo porque eu nunca acreditei em sensatez e linearidade, e finalmente alguém me despia das roupas que eu nunca havia escolhido. Hoje eu tenho muito amor sem nome, uma gratuidade de sentimentos urgentes esperando parada nesse mundo besta e fingido. Eu tomo minhas possibilidades em todos os botecos sujos e cafés cults da cidade-tudo. Vi um filme tão bonito "A viagem de Lúcia", um senhor ao meu lado falou do livro que eu carregava, mas o filme começou e eu me encantei de ver como: Os corpos se entendem sem a gente, afeto e contrato não andam juntos ( na verdade,mal se conhecem), na maioria das vezes o que precisamos é de olhos nos olhos e simultaneamente corpos em sintonia, claro,.Que merda isso está parecendo livro de auto-ajuda, me disseram que a única auto-ajuda possível é: técnica masturbatória. Mas eu acredito no poder de catarse de toda a arte e do poder de eternidade de todo amor, só amor, sem pudor, crises, frescuras, falas, casas e CONTRATO........O amor ainda pode subverter... ainda acredito, porque meu amor vive, na minha língua , no meu lhar, no meu gosto e essencialmente em minhas intenções.

Nenhum comentário:

Postar um comentário