terça-feira, 31 de maio de 2011

Soa Antropofágico


Você deveria está dentro de mim porque eu pintei minhas unhas pra você..
Pra você eu deixei uma essência de jasmim no quarto e por você hoje eu não dei pro José...
Tanta libido pra nenhum carinho. Eu apaguei a luz e te esperei sem roupa e pudor e quase acreditei que você era Hércules e comprei camisinhas ...
Era só sexo. Seu burro, não quero casar com você, as flores são pele-aroma, experiências sensoriais não compromissos e amor, que merda de homem você é?
Eu odeio esperar, tive três horas de tensão que poderia ser tesão não fosse você tão covarde a ponto de não vir, ontem...
Ah, eu cansei meu bem. Vou devolver suas mentiras em doses proporcionais à sua mesquinhez. Ah quanta bobagem essas crises existenciais que você tem. Pensar, pensar. Isso é doença sabia? .inteligentes são as sociedades poligâmicas e saudáveis que não têm ciúmes nem pudor.
De quando herdamos essa utopia egoísta e impossível ?. Me perdoem a resignação precoce de ex-cristã que mandou Freud se foder.
Meus presentes infantis foram bonecas e panelas de plástico, me criaram pra parir e cozinhar. Não me explicaram sexo, descobri tudo mal, adorei essa confusão e fiz dela minhas sinceras desculpas para continuar experimentando pessoas, soa antropofágico, mas é meio melancólica essa decadente busca egoísta de me descobrir no outro porque me diz de um muro impenetrável de universos em guerra eterna tentando paz.
E porque “o que excita a alma é justamente ser traída pelo corpo”a gente segue se debatendo nas grades de um comportamento clichê. Os homens virando marionetes das pesquisas e as mulheres prostituindo sua alma na busca vã de serem indiferentes ao sexo, de sobreviverem sem apego a rotina de pele e calor de um homem, impossibilidade do gênero? Não. Há mulheres mais frias que qualquer marmanjo. Digo da mulher genericamente mulher, na qual a sensibilidade é a essência, essa é uma das coisas mais lindas do mundo, mas não sei onde cabe nesse mundo tanta beleza.
Não há democracia quando se ama, somos ditadores. Temos a publicidade dos versos pra entreter o outro e a rotina do corpo pra cansá-lo nos braços mornos de uma noite com muito sexo.

Eu não sei nada. ”Se tivessem ficado mais tempo juntos seus vocabulários teriam se aproximado pudica e lentamente, como amantes muito tímidos”. Leia A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER. (Milan Kundera) ele diz muito da guerra das nossas relações!!!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ontem me apaixonei pelo
Marcelo Camelo,Cantando assim, _vai sobrar carinho se faltar estrada...,a arte me vendendo fumaça,rsrs

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Há: Caminho seguro



Noventa e sete motivos pra morrer
Sete vontades de viver em círculos e fazer amor na lua.
Têm-se jujubas e algodões enquanto a vaca vai pro brejo e o brejo é todo o mundo.
Haveríamos não fosse sua gravata e sua rotina estúpida de homem
Trinta e três dias sem teus lábios e duas traições sem seus afagos...e eu morro...
De prazer nos braços alheios...Porque antes de minha alma acender pro seus olhos meu corpo já era e continua quente e atento pros movimentos mudos dos corpos em volta envoltos em libido e possibilidades, mas é tudo bobagem “né amor”?
Porque o que vale, o que vale, o que vale, o que vale talvez um dia
Você me ensine, por enquanto errante feliz e burra entre letras e lábios.
Deleites de sorvete entre meu calor, quarenta graus é fogo,
Só você não arde, mas eu sei o que te queima.
A rotina ta pesada, quanto será que eu ainda agüento sem
Seu suor ?
Dois rapazes morreram de amor em seus casamentos infelizes
Amantes não tem futuro...Morreram; foi presente o natal de 2008, bêbados e pelados não nadaram quando a onda forte chegou e os levou com força e violência,
Se você fosse mar amor, à noite nadaria sem roupa nas suas águas
Fundas, infindas no meu eterno desejo
A lua quis me beijar, jogou a luz , vi minha sombra,
Meu andar triste, eu estava com mil alegrias no bolso, cem sonhos no peito
Nunca soube o que fazer com minhas alegrias, me oprimindo assim,
Eu tão menor, melhor , tudo que me conquistou nunca coube no meu peito,
Transbordou em letra ...lágrima..
Minha dor parece um viaduto feio cicatrizando a cidade enquanto
Tudo passa e ninguém se percebe, ainda vivem, ainda pensam,
Ainda nunca sonharam em morrer com olhos líquidos e corpos
mornos de amor ou lascívia. Fazendo saber-se enquanto corpo,
Colo, nuca, orelha e língua e tudo é vertigem, quase esqueci quem era
Quem estava quando eu era vertigem, ritmo e harmonia, música atonal.
Musgo, poeira, limo. Parte de um todo estúpido que não se cansa de zombar da gente, de gente: Poeira, pó e pasto, e boca , beco. E amor é só um doce pra esquecer;
E sexo é morfina repentina pra nossa consciência doentia de rotina...
Porque o que se tem é sempre pouco perto do muito que se pede.
Ontem morreram três amores possíveis , tudo por falta de vontade, eterna letargia de quem perdeu a fé, a força e quase morre de tristeza por ter nascido no tempo errado porque um gozo é uma dor -solidão se esta-se sóbrio e sabe-se sozinho, alguém por ventura ou por tortura infelizmente entende o que quero dizer? do gozo solitário de saber-se só?
É foda, há foda ,e daí? Sexo é tão importante quanto uma viagem à índia. Só sabe disso quem tem espírito e quem já se sentiu envolvido pela eternidade, e isso não tem nada em comum com essa “coisa” de amor, tal qual conhecida, é outra coisa.Coisa que alguém desperta em você, mas que esse outro é só uma seta , o caminho de estrelas ta com a gente, é a gente que morre, pré-nasce melhor. É virar Deus, e fazer milagre, o milagre de ficar feliz

domingo, 15 de maio de 2011

Uma página em branco é um corpo novo pro meu gozo instintivo de expressão. Planos e panelas da cozinha à cama tentando comer um velho conceito de Deus , de paz de imoralidades necessárias pra xingar e maldizer meus desafetos, quis tanto calor que queimei meus amores, eu faço fogueira de tudo que amo. Coloco na cruz, vejo sangrar.
Choro, chorei compulsivamente minha dor até meu chope ficar salgado e o garçom perder a linha e rir de mim, enquanto eu me esquecia e só lembrava de você , naquele boteco sujo.
Uma toalha, um chinelo grande demais pro meu pé, e uma dor grande demais pra nossa erro, minha casa, meu quartinho. Castelo só por não ser de ninguém além de nossos desejos de puro libido. Eu pensava que era amor o meu despertar primeiro pra novos gostos mornos , quentes e calmos. Faltou pudor, experiência e juízo nunca tive, terei.
Ser só, muitas vezes implica ser de todo mundo e eu não sei o que é melhor.
Posso me descobrir em muitas camas, e isso pode me esconder de muita gente que eu enterrei antes de queimar. Não era amor, amor é a eternidade, e isso ninguém conhece, uma mosca morre num vôo suicida de encontro ao meu copo de campari, eu bebo cerveja e mato minhas moscas embebidas em qualquer coisa que não seja refrigerante.
Faltou linha e costureira, o vestido rasgado não teve jeito e a moça não foi ao seu primeiro único encontro antes de seu avião se despedaçar sobre o mar carioca , mas “ é melhor ser alegre que ser triste’ e antes de seu enterro, Leonardo, seu futuro nunca namorado foi “ mexer bunda lêlê” no morro, que vive em todo carioca, que vive em tudo cariocamente bendito.
O fruto que nunca nasceu, porque semente também morre antes de matar de esperança, e foi assim que Maria pensou enquanto bebia o veneno, antes rezou pra santa preferida de suas tantas. E José desceu pela privada do banheiro da Universidade de São Paulo. Menos um amor numa vida sem paixão.
Quando penso em você desejo não tê-la conhecido, porque você foi coisa que eu criei, você na realidade é uma casa vazia e feia. Eu inventei cicatrizes no meio da sua cara pra que você tivesse uma história pra dizer, criei também seu gosto por quinquilharias da segunda guerra mundial pra assim te fazer culta e curiosa sem ser clichê. Também seus sapatos únicos e vermelhos fui eu quem desenhei e criei. As fotos com raio de sol, grama e “Ana Maria”, coisa minha. As mensagens sensuais às 03:30h, adivinhando meus desejos sexuais impronunciáveis, impossível ser você. Se você soubesse o quanto não te amei, não teria nem ficado com aquela carinha de puta arrependida quando me abandonou pra voltar pra bosta de vida que tinha antes que eu te inventasse, mas é isso meu bem ser fútil é ser aceita .
Quebrei a porta do meu armário porque minha cabeça é dura e o vidro não suportou, minha cabeça dura ganhou corte raso como meu pensamento em dia de sol no sertão, tudo é tão amarelo que minha cabeça fica sem tinta pra colori minhas ações, minha inaptidão pro amor, o amor não existe . Odeio a palavra amor, dizê-la dói em todos os meus nervos. Amor é sempre palavra mal dita, bem dita é seu oposto: liberdade