sexta-feira, 20 de maio de 2011

Há: Caminho seguro



Noventa e sete motivos pra morrer
Sete vontades de viver em círculos e fazer amor na lua.
Têm-se jujubas e algodões enquanto a vaca vai pro brejo e o brejo é todo o mundo.
Haveríamos não fosse sua gravata e sua rotina estúpida de homem
Trinta e três dias sem teus lábios e duas traições sem seus afagos...e eu morro...
De prazer nos braços alheios...Porque antes de minha alma acender pro seus olhos meu corpo já era e continua quente e atento pros movimentos mudos dos corpos em volta envoltos em libido e possibilidades, mas é tudo bobagem “né amor”?
Porque o que vale, o que vale, o que vale, o que vale talvez um dia
Você me ensine, por enquanto errante feliz e burra entre letras e lábios.
Deleites de sorvete entre meu calor, quarenta graus é fogo,
Só você não arde, mas eu sei o que te queima.
A rotina ta pesada, quanto será que eu ainda agüento sem
Seu suor ?
Dois rapazes morreram de amor em seus casamentos infelizes
Amantes não tem futuro...Morreram; foi presente o natal de 2008, bêbados e pelados não nadaram quando a onda forte chegou e os levou com força e violência,
Se você fosse mar amor, à noite nadaria sem roupa nas suas águas
Fundas, infindas no meu eterno desejo
A lua quis me beijar, jogou a luz , vi minha sombra,
Meu andar triste, eu estava com mil alegrias no bolso, cem sonhos no peito
Nunca soube o que fazer com minhas alegrias, me oprimindo assim,
Eu tão menor, melhor , tudo que me conquistou nunca coube no meu peito,
Transbordou em letra ...lágrima..
Minha dor parece um viaduto feio cicatrizando a cidade enquanto
Tudo passa e ninguém se percebe, ainda vivem, ainda pensam,
Ainda nunca sonharam em morrer com olhos líquidos e corpos
mornos de amor ou lascívia. Fazendo saber-se enquanto corpo,
Colo, nuca, orelha e língua e tudo é vertigem, quase esqueci quem era
Quem estava quando eu era vertigem, ritmo e harmonia, música atonal.
Musgo, poeira, limo. Parte de um todo estúpido que não se cansa de zombar da gente, de gente: Poeira, pó e pasto, e boca , beco. E amor é só um doce pra esquecer;
E sexo é morfina repentina pra nossa consciência doentia de rotina...
Porque o que se tem é sempre pouco perto do muito que se pede.
Ontem morreram três amores possíveis , tudo por falta de vontade, eterna letargia de quem perdeu a fé, a força e quase morre de tristeza por ter nascido no tempo errado porque um gozo é uma dor -solidão se esta-se sóbrio e sabe-se sozinho, alguém por ventura ou por tortura infelizmente entende o que quero dizer? do gozo solitário de saber-se só?
É foda, há foda ,e daí? Sexo é tão importante quanto uma viagem à índia. Só sabe disso quem tem espírito e quem já se sentiu envolvido pela eternidade, e isso não tem nada em comum com essa “coisa” de amor, tal qual conhecida, é outra coisa.Coisa que alguém desperta em você, mas que esse outro é só uma seta , o caminho de estrelas ta com a gente, é a gente que morre, pré-nasce melhor. É virar Deus, e fazer milagre, o milagre de ficar feliz

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