Por toda fruta madura molhando minha boca no gosto das coisas sãs e vivas.
Porque na agonia de uma semana que anuncia a guerra,eu quero o verbo que diga daquele gosto de cerveja e chuveiro quente, quero no aconchego doce de lençóis desarrumados encontrar um gesto que diga as coisas bonitas sentidas pelo fôlego apressado de quem quer espalhar flores na luz azul das tardes frias desse inverno doce cheirando a amêndoas.
Com uma doçura de teimosia e cisma pegar as malas e partir, espalhar pelas cidades antigas minha mãos velhas dadas as tuas, macias e pequenas.
Tomar café numa praia distante e beber engolindo novos horizontes , tirar a roupa pelas camas e cantos do mundo,porque meu corpo quer dançar com o teu e o mundo é pra ser dançando.