Sacra liberdade
As ruas sujas de gente. Tomei quatro drinques vermelhos, três cervejas e uma menina sem rosto. Sambei, ofereci meu corpo para brindar o luar. Meus olhos imprecisos engoliram a sua boca num outro rosto. Acordei num quarto distante com o corpo cheio de preguiça e a cabeça sem memória. O sol dói no meu olhar, meu cigarro acabou, eu acordei antes de dormir junto.
Dormi no ônibus, eu ainda não amo, parece que assim meus sentidos estão espertos. Nunca senti tanto gosto de chuva nos goles dessa cidade , volto a comer minha sacra liberdade! Brindemos “desenlacemos as mãos”.