quinta-feira, 23 de junho de 2011

paralelamente vendo!

As relações são tão frágeis e lindas. Empurramos palavras demais e entupimos de conceitos descartáveis no nosso café com leite e pão com manteiga, queremos terapias para entender a natureza, é tão humano sentir medo quando a gente enxerga o sol. Será que é medo de finitude? não contemplamos o bastante, o sol deve ser mesmo eterno, o amor é eterno, essas coisas lindas e inexplicáveis não podem durar menos que a eternidade, claro que não! confirmem, por favor, que não. Queria que todo pão tivesse menos suor e mais alegria. Não sinto meu amor quando meu corpo só responde a instinto, porque que eu penso que o afeto que se tem pode salvar o mundo da cocaína, do imposto, do imposto,do imposto, do impooooooooooosto. Pode matar nossa selvageria besta de civilização, pode destruir esse rato da moral, odeio moralismos pungentes, queria as coisas macias, livres do poder e querendo só afeto, ai, sou tão neohippiepóspresente. É muito vergonhoso querer botar meu afeto e minha força nesse espaço que é de nada e de tudo? emaranhado de idéias que nascem e morrem toda hora.Adoro ouvir dezesseis da Legião. E os pedaços do opala azul de Johny pelo chão. Minhas mãos estão num vão incalculável. As pessoas que se aproximam ultimamente, não tem braços, mãos, não sinto, não calculo ou memorizo peso, pele, cheiro.Será uma existência paralela? Mas o mundo é tão linnndo.Chega a doer tanta beleza, na cidade que me hospedo a fumaça trabalha duro para desviar o olhar, o olho é preciso, preciso acreditar no céu pra ter o pé na terra sem medo de afundar em meio aos gritos e dores da carne, da consciência, a consciência é um rato comendo nossa língua, nossa palavra. Tô com medo, meu afeto tá virando pedra em meus nervos, quero virar líquido e amor e banhar de lágrimas e suor meu amor em outro corpo projetado como nuvem linda e pesada. quero ser a chuva, quero ser a chuva, quero ser a chuva, quero ser a chuva, vou pro Ibira com o Pessoa e o bandeira. Vou-me embora. Tenho que me salvar de mim, muito densa, quero vê os casais, vê o amor desfilar, ainda que nos outros.

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